terça-feira, 26 de maio de 2009

me livra dessa

Ok, vamos rever algumas coisas?
Eu queria, de verdade, te dar uma folha de papel dizendo que te abstenho da tarefa de ser meu pai.
Lá também vou dizer que não guardo e não guardarei ressentimentos quanto a isso. Estou lhe propondo, na tal folha, que isso seja feito em nome da paz (minha).
Assim não mais me frustrarei com sua incapacidade de ser meu pai, pois você não o será mais. Não se espera atitudes de pai daquele que não é seu pai. Estaria colocando fim a esse buraco que você nunca soube tampar. Fim também será dado às minhas carências. Pois pior do que não ter um pai é ter um quase pai, um pai que não é pai, um pai que não é, não está e nem nunca esteve.
E pronto. Aí, se eu alguma vez no futuro me preocupar com você, com seus desvaneios e sua irresponsabilidade, sua postura ridícula diante da vida... aí será mera compaixão. E só. Daquelas que não vingam, que passam depois de uma noite de sono.
Eu quero uma vida sem pai. Porque já vi o suficiente do pai que a vida me deu.
Eu não tenho esse direito?
Vamos por no papel?
Quero ser uma pessoa sem pai. Ninguém me convence de que não seria mais fácil.
Já me sinto até mais leve de pensar...


tentando achar a saída mais próxima,

Alice

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