terça-feira, 21 de outubro de 2008

Se


Olho pra tela do computador. Olho o relógio, conto as horas.Entediada, penso: Não foi pra isso que estudei, também. Quanto tempo passei achando que o problema era o trabalho, acreditando que tentando de um em outro uma hora ia achar meu lugar. Mas não, isso não aconteceu. Hoje sei que não é o que quero fazer e sei o que quero ser, quando crescer, quando der. Não vai demorar muito, tomara. Minha hora vai chegar, de ir pra faculdade e enfim estudar o que quero e que deveria ter escolhido da primeira vez. Era a opção número 2, que ficou pra trás. Hoje, inevitavelmente, penso que no passado eu deveria ter estudado aquilo, pra hoje ser mais, ter mais (ninguém aqui falou de grana, esse não é o problema).
Mas o verbo arrepender-se e o sentimento que ele desperta é uma coisa tão ruim e tão inútil que não foi feito mesmo pra ser conjugado. Pois arrependimento é passado, não move moinhos mais. E nós não fomos feitos pra conjugar o "se" no passado.
Esperança é futuro.
E se não fosse toda a minha esperança, hoje eu seria só tristeza.


Olhando longe,


Alice


sábado, 11 de outubro de 2008

Se melhorar estraga?


Então que fique como tá.
Estou vivendo uma fase muito boa. Coisas pelas quais batalhei estão acontecendo. Estabilidade, tranquilidade e felicidade no ar.
Casamento lindo, trabalho evoluindo, planos se concretizando, sonhos crescendo, idéias em sintonia...
...
Meu instinto auto-protetor torna inevitável não pensar "Até quando?", ou "Algo ruim pode acabar com tudo a qualquer momento."
Otimistas de plantão repetem pra que não pensemos nisso.
Também concordo que ficar pensando que algo ruim pode acontecer não nos protege contra acidentes de percurso. A gente olha pro chão, toma cuidado pra não tropeçar mas uma pedra pode cair do céu, sei lá.

Ou se for sonho, que eu não acorde de repente, pelo menos.


No país das maravilhas,


Alice